terça-feira, 17 de novembro de 2015

Muffin de Frutas para bebês- Sem açucar!


















Eu fiz estes muffins usando banana, avocado e maça gala, mas você pode optar por pera, abóbora, mamão, cenoura ou morango desde que totalize 2 copos de fruta triturada (a medida usada de um copo é 237ml). Uma outra opção é trocar uma porção (237ml) de fruta pela mesma quantidade de iogurte grego integral, mas não esqueça de respeitar a etapa e as restrições slimentares de seu bebê.

Receita: vegetariana/vegana
Etapa: 2 e 3
Rende: 12 muffins grandes ou 24 minis

1copo de farinha (pode ser integral se desejar) 
1 copo de aveia flocos finos (instantânea)
1 colher de chá de fermento biológico
1/2colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de canela em pó
1 banana madura tamanho grande amassada
1/2 abacate grande (ou 1 avocado médio) maduro
1 copo de maça triturada


Junte primeiro os ingredientes secos, acresentando depois as frutas. misture bem e coloque em forma de muffin previamente untada ou non-stick. Asse em fogo médio por 15 minutos ou até que o palito saia limpo.


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Tendência de Alimentação- Baby-led Weaning (BLW)



Em primeiro lugar, não estou advogando esta forma de alimentação, estou apenas informando opções. Siga sempre as orientações de seu pediatra em relação à alimentação de seu bebê.

Baby-led Weaning (BLW) significa desmame controlada, ou iniciada pelo bebê e esta nova tendência consiste em incluir sólidos em pedaços no cardápio aos poucos a medida que o bebê demostra interesse, sem tirá-lo do peito ou da mamadeira. É uma forma de iniciar a alimentação pulando totalmente a fase de papinhas.

Para que possa iniciar, é imprescindível que o seu bebê:

1) Já tenha completado 6 meses de vida e que consiga sentar sem apoio;
2) Já apresente a habilidade de agarrar objetos e levá-los até a boca
3) Já tenha perdido o reflexo de gag (reflexo que leva o bebê a empurrar a língua para fora quando o fundo da garganta é estimulado).

A idéia é servir a comida em pedaços que possam ser manipulados facilmente pelo bebê  e esperar que ele mostre interesse. Se comer, ótimo; caso não, não é o fim do mundo, tente novamente em outra ocasião.

Pesquisei e lí bastante sobre o assunto mas confesso que sou iniciante. Portanto, se alguma leitora tem prática ou mais conhecimento sobre, comente! Aqui estão alguns prós e contras deste tipo de desmame:

PROS
- Aumenta a exposição do bebê a novas texturas e cores
- Gera auto-confiança e independência
- Menos trabalhoso para os pais
- Estimula mais rapidamente a mastigação e deglutição

CONTRAS
- Faz uma bagunça!
- É necessário prestar atenção ao tamanho e formato do alimento para o bebê sofrer o risco de engasgo

Caso fique curiosa com este método, sugiro que pesquise e leia tudo que encontrar sobre o tema e consulte o pediatra. Eu separei abaixo alguns conceitos e preconceitos sobre o BLW que podem ajudar a definir a escolha do tipo de alimentação e inclui a minha opinião depois.

1) O bebê pode engasgar. 

Minha opinião: O mesmo acontece com a papinha, então a princípio não vejo este fator como impecílio. É necessário observar o bebê atentamente e iniciar aos poucos, começando com alimentos fáceis de engolir como banana, abacate, batata, etc. seja qual for o método de desmame que escolher.

2) O BLW estimula bagunça e desperdício, já que o bebê descobre o alimento com as mãos, podendo jogá-lo em todo lugar.

Minha opinião: Sempre fui a favor da descoberta do bebê com a comida, inclusive já publiquei a respeito em um post entitulado "Finger Food". A American Pediatrics Association e a Associação Brasileira de Pediatria apoiam a prática do bebê "brincar" com a comida, descobrindo texturas e a correlação de cores e sabores. Inclusive, é um ótimo estímulo à independência de seu filho. Existem babadores com uma cobertura maior que podem ajudar a diminuir a bagunça. Outra opção é colocar um tapete impermeável embaixo da cadeirinha. Obs: Você pode ser uma controladora obsessiva e odiar bagunça, não tem problema; mas sendo este o caso eu te aconselharia a tentar conter estes implusos e se necessário procurar um psicólogo pois a limpeza obsessiva não é um hábito muito saudável para a educação infantil. Não é muito bacana passar isso adiante como regra ou criação. Os efeitos à criança a longo prazo não compensam. 

3) Gosto de rotina e meu filho também. O BLW não cria rotina, já que deixa a refeição à critério do bebê. 

Minha opinião: Nada te impede de criar uma rotina. O método simplesmente não pressiona o bebê a consumir a porção inteira ou todos os tipos de alimentos. Estudos mais recentes mostram que forçar o bebê a consumir alimentos quando não está com fome, ou terminar um prato inteiro mesmo já tendo saciado a fome provoca hábitos complusivos que podem levar à obesidade. É importante ensinar o seu filho a saber quando a fome está saciada e parar.

4) Não há muitos dados científicos ou estudos de longo-prazo sobre os benefícios de uma alimentação BLW versus papinha.

Minha opinião: De acordo. Eu faria caso me identificasse mais com os prós e contras e não por uma questão de ser melhor ou pior. Fiz este estudo justamente para informar as mamães que existem alternativas, mas não estou de maneira alguma dizendo que esta forma é melhor ou mais saudável do que papinhas.

5) Meu bebê não ingere nutrientes o suficiente

Minha opinião: Este processo deverá acontecer sem o desmame. O desmame total só ocorreria a medida que o bebê completasse a transição para os sólidos. Se estiver oferecendo uma variedade de alimentos que supriem as necessidades alimentares do bebê há um tempo e ele mesmo assim não consome o suficiente para se alimentar, talvez deva mudar para papinha. De qualquer jeito, eu acho que vale a pena tentar ;-)

Achei uma publicação sobre o BLW em português que fala sobre a experiencia de uma mãe. Inclui o link para quem se interessar.

http://tanahoradopapa.com/2014/09/30/o-baby-led-weaning/







terça-feira, 10 de novembro de 2015

Ideia de sobremesa- Sorvete caseiro de Banana

Vem chegando o verão e com ele o calor!!!

Receitas de fruta geladinha são uma opção muito boa, especialmente quando são saudáveis, livres de açucar e aditivos, e fáceis de preparar. O melhor da receita de hoje é que alem de ser absurdamente simples e saudável, ela é apropriada para todas as etapas, inclusive para as mamães!

Receita: pode ser adaptada para todas as dietas e etapas
Dificuldade: básica

Sorvete de banana e morango


Passo 1) Pique bananas em rodelas e coloque-as no congelador por no mínimo 4 horas. Para mim, o mais prático foi utilizar saco hermético para congelar as bananas, mas pode usar um frasco apropriado para congelador também.

Rodelas de banana congeladas no saco hermético


Passo 2) Junte a banana congelada a qualquer outra fruta como: morango, amora, abacaxi; e utilize um pouco de líquido como água, leite, fórmula ou iogurte e bata no liquidificador ou processador de alimentos até formar um creme.A quantidade de líquido irá variar de acordo com a quantidade de banana e fruta que utilizar. Comece com aproximadamente 100ml e acrescente mais caso necessário. Se preferir, pode usar apenas a banana congelada! Lembre-se que as frutas e liquidos que acrescentar deverão já estar totalmente introduzidos e serem apropriados para a etapa de seu bebê.

Você pode escolher entre usar o processador ou o liquidificador para bater os ingredientes


Passo 3) Você pode leve o creme ao congelador por mais 2 horas caso queira uma consistência mais firme, ou pode disfrutá-lo assim mesmo. Forminha de picolé é uma opção divertida também!

Resultado final no liquidificador


Resultado final no processador




segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O gramado da vizinha...é inaceitável

Fugindo do tema principal deste blog e abordando um assunto muito importante.

Algo que senti muito quando me tornei mãe foi o novo sentido da expressão "o gramado do vizinho..."

Na era digital do mundo das mães, o gramado da vizinha não é mais verde; ela é totalmente inaceitável e (pasmem!) não é orgâncio.



Vou compartilhar um pouco da minha verdade e da minha história para expor o pensamento por trás deste blog e mudar alguns conceitos anteriores:

A minha licença maternidade foi um pesadelo (pausa dramática para crítica e preconceito maternal). Por mais que eu curtisse ficar em casa com o bebê, passeado, cuidando das coisinhas dela, sentia muita falta de conversar com adultos, vestir a roupa social, de ter a pressão de administrar um negócio, de ser chefe. Eu sei que muitas vão me julgar e pensar

 -"Noooooossa, que louca!!!!" -"Eu A-M-O ficar com o meu bebê!" -"A licença tinha que ser de um ano!"-- (o coro agora) "Que mãe péssima..."

Francamente, já superei a necessidade de aceitação alheia, mas se puder me acompanhar até o final do texto sem pre-julgamentos, talvez compreenderá o objetivo desta publicação.  

A minha depressão pós-parto foi tardia; começou quando a minha filha completou 3 meses. Depois descobri que alguma forma de depressão atingirá até 80% de novas mães, mas na época, eu acreditava que a maternidade seria um lindo mar de flores perfeitas. Eu nunca tinha tido diagnóstico de depressão então aceitar o quadro foi um passo dificil para mim e mais dificil ainda para o meu marido que não reconhecia mais a pessoa quem eu havia me tornado.

A recuperação foi longa e árdua. Devido ao quadro, suspendi a amamentação após 5 meses (mais julgamentos) entrei com fórmula (absurdo!) e comecei a dar frutinhas e sucos. Comecei este blog naquela época para ter um foco, um projeto, algo que me ajudasse a sair daquele mundo escuro e desfrutar o momento.

Voltando para antes de engravidar: eu sempre trabalhei. Sou de uma geração onde trabalhar não é opção, é obrigação. Fui criada para ter o meu próprio dinheiro sem depender dos outros.
Quando entrei na adolescência, para pode ir ao cinema, lanchar e comprar coisinhas no shopping, eu cuidava dos filhos das amigas da minha mãe, dava aulinhas de reforço de inglês para os meus amigos do colégio ou fazia bico organizando papelada e arquivo morto na empresa do meu tio.
Assim que completei 18 anos, aluguei o meu próprio apartamento e pagava alguel com o dinheiro que ganahava dando aula em cursos de inglês. Com 22 anos, abri o meu próprio curso de inglês e me tornei empresária. Trabalhar e não só ganhar dinheiro, mas ter a capacidade de criar, de produzir alguma coisa era um motivo de muito orgulho para mim. Ser dona-de-casa, era viver o meu pior pesadelo; era me tornar tudo aquilo que eu [imaturamente] rejeitava.

Em contrapartida, a minha amiga Ana* também é empresária e também trabalhou a vida inteira, mas a diferença entre nós duas é que ela nunca pôde amamentar a filha dela, por mais que tentásse. Após 3 semanas de uma dura batalha, a pediatra interveio e passou a suplementar a alimentação do bebê (agora vão julgar a pediatra).O leite simplesmente não descia. Ela chorava copiosamente por achar que seria menos mãe se não amamentásse a filha. O pior é que muitas pessoas realmente pensam isso e esta crítica está realmente entranhado nas mães da era digital onde a vítima predileta dos fóruns  é sempre "aquela que não amamentou". Presa fácil. Covardia.

Para piorar, acontece que a empresa da Ana recebeu um aporte (investimento) no nono mês de gestação dela, a obrigando a voltar para o trabalho apenas 3 semanas após o parto. Era um sofrimento interminável, com ela sonhando a cada minuto em estar em casa com a filha recém nascida. O drama acabou sendo remediado com a instalação de um berçário dentro da empresa para que ela pudesse ter a filha por perto. Uma idéia genial, mas fora da realidade de muitas mães por ai.

Lembro de uma vez que ao levar a minha filha para brincar no berçario improvisado aproveitei para conversar sobre a minha depressão. A reação da Ana foi de espanto - "Nossa! O meu sofrimento é justamente o contrário! Daria qualquer coisa para ficar em casa e curtir integralmente o bebê, mas existem muitas vidas e famílias dependendo de mim; não posso deixá-los na mão."

Uma outra amiga sofreu pela escolha de amamentar a filha até o segundo ano de vida. Outra conhecida foi duramente criticada por deixar a filha em casa até os 2 anos enquanto outras sofrem por colocarem o bebê no berçário e desmamar com 4 meses por precisar voltar ao trabalho. Não dá pra acertar. Sempre vai haver algo que poderia ou deveria deixar de fazer ou fazer diferente. Esta semana houve uma crítica bastante divulgada à amamentação em geral, chamando-a de "coisa de pobre fazendo pobrice". Até isso!

Para mim, durante a minha fase de adaptação à maternidade o mais difícil foi tentar compartilhar com outras mães o que eu estava sentido. Parece piada...como não encontrar companherismo e empatia entre mães? Infelizmente, o mundo de novas mães é muito, muito cruel e todas nós achamos que nossos meios, nossos métodos e nossas regras são as únicas que prestam. Não sou isenta de julgamentos e pré-conceitos e com certeza muitas já se ofenderam por algum comentário ou publicação minha. Não é a primeira vez que abordo este assunto, mas nos últimos meses tenho recebido muitas mensagens de mães que se sentem totalmente isoladas e ináptas, e estão buscando apenas apoio ou conselho de quem tem mais experiência e ao entrarem em blogs e fóruns de mães só encontram discórdia, discussões e intolerância. De mamadeiras e chupetas a babás (essa é forte) e danoninho (o sétimo pecado capital dos fóruns), as brigas e discussões são intermináveis.

Todas nós já caimos na armadilha. Uma amiga nos convida para um grupo super fofo de mulheres assim como nós que está ingressando no mundo das mães. Começa com perguntas sobre cólicas e berços quando surge alguem que na inocência pergunta: "Mamães, vocês compraram jogo de berço?" (mundo entra em colapso).  Não há mais tema seguro. Qualquer assunto, por mais banal que seja se tornou controversial. A batalha já começa na gestação, com críticas a vitaminas, os perigos de ultrasonografias e nada te salva da discussão sobre o tipo de parto. Cesária x Parto normal já teve mais rodada do que o UFC. Preguiça. Muita preguiça até de começar a tocar no assunto.

Mamães, faço agora um apelo: da próxima vez que for opinar sobre o assunto, lembre-se que todas nós estamos lutando as nossas batalhas; temos bagagem diferente, cultura diferente, mas todas queremos o mesmo: o melhor para os nossos filhos. Não julgue com tanta facilidade. Tenha compaixão por este momento tão delicado e sensível quando o nosso corpo ainda sofre com os hormônios gestacionais e a falta de sono; quando perdemos a noção de quem somos por não nos reconhecermos mais no espelho; quando morre a moça e nasce a mãe.

Me tornar mãe me ensinou que eu sabia muito pouco sobre a vida; me mostrou que fui bem tolinha, arrogante e extremamente besta. Aprendi a compreender que aquela pessoa à minha frente quer o mesmo que eu, mesmo escolhendo caminhos e meios diferentes.

Hoje eu tento ser mais tolerante, mas acima disso, tento não impor a minha verdade em cima dos outros. A vida é melhor assim.

PS: Se discordar deste texto, compreendo e aceito a sua discordia. Você poderá apresentar a sua verdade em seu próprio blog ou numa mensagem privada, mas não permito discórdia e julgamento nos comentários do meu blog.