terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Qual é o problema de dar açucar para o meu bebê?

Antes de lerem este post, eu gostaria de esclarecer que não sou uma radical. Sou a favor de permitir açucar em moderação para crianças acima de 4 anos, e como exceção para crianças acima de 2 anos.

No aniversário de 1 ano da minha filha, ela vai comer bolo; vai tomar sorvete de vez em quando e certamente irá tomar uma bebida adoçada em algum momento!

O meu radicalismo é apenas em relação à ingestão de açucar por bebês, e também não aprovo o consumo exagerado e desnecessário em crianças [e adultos].

Todo mundo sabe que o açucar faz mal aos dentes, aos ossos, provoca cáries etc., e mesmo assim insistem em dar para seus filhos. Mas parece que cárie é um dos problemas mais leves da lista de doenças consequentes do consumo elevado de açucar.



Recentemente assisti a um documentário nacional sobre a obesidade infantil. O nome do filme é "MUITO ALÉM DO PESO" assista aqui! e ele retrata a vida de crianças brasileiras que convivem com a obesidade.

Uma das coisa que mais me impressionou foram os dados sobre o consumo nacional de açucar: o brasileiro consome em média 51kg de açucar por ano (!!!).

Este hábito [errado] está enraizado em nossa cultura e a cada geração que se passa, aumenta os índices de problemas graves de saúde ligados ao consumo excessivo de açucar e gordura. O habito de ingerir açucar começa na infância e em quase todas as situações a iniciação nos doces é feita pelos pais antes de 1 ano de vida.

Problemas graves de saúde associadas ao consumo excessivo de açucar
  • obesidade
  • acne
  • doenças cardíacas
  • diabetes
  • depressão
  • artrose
  • hipertensão
  • cancer
Um dos maiores responsáveis pela ingestão exagerada de açucar é a bebida. Vejam abaixo uma imagem que encontrei. Vejam que os maiores vilões são os supostos "saudáveis": bebidas lácteas e sucos industrializados.


Mamães, papais, tios, tias, avôs e avós: Os maiores perigos estão nos produtos desfarçados de produtos saudáveis: queijo tipo Petit suisse (danoninho, chambyinho, etc), iogurtes frutados, bebidas lácteas e cereais (sustágen, mucilon, toddyinho, neston) sucos e "néctares", bebidas a base de soja (ades, sollys), chás (iced tea, matte), etc.

Faço hoje um apelo: LEIAM OS RÓTULOS! Aprendam a ler os rótulos dos produtos antes de comprá-los. Não há necessidade de dar bebidas e comidas fajutas, cheias de açucar para os nossos bebês.

E não se iludam com pegadinhas como "FONTE DE VITAMINA A, D e K". Existem fontes bem mais saudáveis destas mesmas vitaminas simplesmente usando frutas e legumes frescos. As vitaminas sintéticas podem fazer mais mal do que bem, já que podem se acumular e causar efeitos tóxicos quando consumidas em quantidades grandes; ou podem contra-agir com outros alimentos e suplementos, diminuindo a absorção de vitaminas importantes.

 Francamente, permitir que nossos filhos devorem um pacote inteiro de bolachas recheadas justificando para nos mesmas que é um alimento saudável só por ele ser acrescido de ácido fólico e ferro sintéticos é ignorar toda a informação que está a nossa disposição.

Não podemos ser tão inocentes de achar que estes alimentos processados, cheios de corantes, aditivos químicos e açucar refinado são a melhor opção para nossos bebês!

Neste blog, a nutricionista tem uma visão nada radical sobre o açucar. É simples: Criança AMA doce. Quanto mais cedo der açucar, mas açucar seu filho irá pedir e consequentemente consumir! Os hábitos alimentares que você construir agora servirão de base para o resto da vida de seu filho.

Em resumo, quando mais demorar para iniciar o seu filho no açucar, melhor. Tenha certeza de que ele vai comer doce mais cedo ou mais tarde por conta própria, mas a dependência de açucar na infância pode e dever ser evitada.



Um comentário:

  1. Concordo 100%! Muito bom.
    Sobre ler os rótulos, ouvi uma nutricionista dar uma dica simples mas muito boa: se não conseguir entender os ingredientes do rótulo, não coma!

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